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O aguardado tira-teima entre os brasileiros Vitor Belfort e Wanderlei Silva já ganhou ares de novela e parece cada vez mais distante de confirmação. O primeiro combate entre os dois aconteceu em 1998, no UFC Brasil, em São Paulo. Belfort venceu por nocaute em apenas 44 segundos.
Curiosamente, a 'culpa' do atual imbróglio não está na cúpula do Ultimate, mas em uma das partes envolvidas na luta. O presidente Dana White ofereceu o novo desafio para Belfort, que aceitou. Mas Wanderlei, mesmo com declarações polêmicas em entrevistas do tipo "nunca treinei tanto, não tem mais para onde correr, vou te pegar Belfort", já parece desconversar sobre o fato e faz campanha nas redes sociais para enfrentar outro lutador.
"Nós oferecemos a ele (Wanderlei) a disputa com o Belfort, mas agora ele está no twitter fazendo lobby para lutar com Chris Leben. Não entendo mais nada. Não tenho interesse para que ele enfrente o Leben, e sim o Vitor", disse o irritado White, em entrevista recente ao site especializado MMAWeekly.
Wanderlei Silva
Silva não compete há exatos onze meses, quando venceu o britânico Michael Bisping no UFC 110 e posteriormente passou por extensa recuperação de cirurgia no joelho. Neste meio tempo, também recusou luta contra Brian Stann, pré-confirmada para o UFC 130, dia 28 de maio. Segundo o brasileiro, o apelo patriótico do adversário (ex-militar condecorado e herói de guerra norte-americano) o fez recusar do compromisso para não ferir o relacionamento com os fãs do país.
Mesmo se Wand mudar de idéia e aceitar, o combate não deve ser realizado no UFC Rio, em 27 de agosto, como era esperado por fãs e especialistas. “Queremos confirmar para Las Vegas, em julho, como uma das atrações principais do UFC 132”, afirmou White.
Há 13 anos, Silva e Belfort se enfrentaram na até agora única edição do Ultimate em território nacional. Na época, ainda conduzido por outros empresários, a marca aportou no Brasil com evento paralelo à contagem oficial, e ficou conhecido como UFC 17,5. No octógono, Belfort não deu chances para Wand: com sequência avassaladora de socos, aniquilou o lutador paranaense em apenas 44 segundos. O combate até hoje é lembrado como um dos mais contundentes na história do esporte.

Por Fernando Zanchetta